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"Você está aqui - há vida e identidade,
O poderoso jogo continua e você pode contribuir com um verso".

Fotografia da autora da página, Alessandra Matias Querido, sentada de pernas cruzadas, vestindo macacão jeans, óculos escuros e com copo de café na mão.

Walt Whitman

Quando criei esta página, em julho de 2018, o motivo principal era apresentar os "Contos do breve cotidiano", uma mistura entre Literatura, Música e Imagem, cada texto associado a alguma canção. Com os anos, a ideia cresceu, minha vontade de testar outros meios, também, e tive que acrescentar novos itens: Poemas, Textos avulsos e Pinturas.

A ideia inicial dos contos, casar Música e Literatura, veio da minha paixão pelas duas e da necessidade que sempre tive de colocar trilha sonora em tudo. Com certeza, não é uma paixão só minha. Acho fascinante como determinadas canções narram nossas histórias de vida e como algumas perdem seu sentido original quando ouvidas em contextos adversos.

A segunda inspiração veio da Nona Arte: os Quadrinhos. Desde a primeira vez que li o livro “Nova Iorque: a vida na cidade grande”, de Will Eisner, fiquei encantada com a sua maneira de colocar, em pouquíssimas páginas, histórias urbanas cheias de significado. Títulos, imagens e diálogos estrategicamente pensados me fizeram pensar em reduzir os contos a pequeníssimos espaços, espaços poéticos da nossa existência.

Neste sentido, o terceiro ponto desta proposta foi o tempo: a brevidade da leitura destes contos (o tempo de um café), o tempo que cura, o que corrói, o que esperamos pelo sonho, o que não volta atrás, o que se repete em situações similares, o que queremos estender, o que gostaríamos de não ter vivido... As entrelinhas do tempo. O preenchimento delas é do leitor, que possa pensar no não dito como o da sarjeta dos Quadrinhos (aqueles espaços em branco que separam os quadros).

Bem, a proposta original era trazer apenas os contos, mas a paixão pela Arte aumenta à medida que amadureço e, por isso, além dos contos, apresento também Poemas, que escrevo desde a adolescência; reflexões, os pequenos ensaios em Textos avulsos sobre assuntos que me tocam e as Pinturas, amor que sempre cultivei, mas reencontrei de forma definitiva um pouco antes da pandemia. Sinto como se tivesse finalmente encontrado a voz que me faltava em forma de cores.

Sendo assim, a página cresceu um bocado. No final das contas, os Contos de Breve Cotidiano não têm uma forma fixa, definitiva. Como a própria Vida, a ideia é se reinventar sempre, porque o tempo é curto demais para não testarmos tudo o que der...          

Boa leitura!

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