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Carta aos pessimistas
(Alessandra Matias Querido)
Perguntaram-me certa vez
Que bebida eu ingeria
Para sorrir do futuro incerto
E vibrar com o mundo que via
Disse-lhes sem vacilar:
Bebo a vida em cálices
Como champagne
Ou espuma do mar.
Sonho pétalas de rosa,
Canto com os pássaros,
Danço no ar.
Se dores invadem minh'alma,
Silencio o meu pranto
E vou poetar.
Se persistem e nublam meus dias,
Fecho meus olhos,
Deixo-me amar.
E a lua serena
Banha meu corpo.
E o orvalho matinal
Enfeita o meu rosto.
E a estrela fulgurante
Mergulha em meu poço.
E de repente
O mundo ao meu redor reluz.
E a dor que tão forte fora
É passado,
É momento,
É aprendizado.
E o sorriso retorna
Como se nunca tivesse se ausentado.
E torno a beber a vida
Em goles exagerados,
Como alguém que tem sede eterna
De passar por aqui
Cantando, sorrindo, amando sem fim...
Porque nada no mundo
Vale a pena ser visto
Se o mundo não vibra
No profundo de mim...
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